Ser filho único é uma coisa maravilhosa, tudo é seu: a atenção das pessoas que visitam sua casa, é sua; os presentes da natal que os amigos de seus pais compram, é seu; seus pais querem que o filho tenha de tudo, é tudo seu. Essa coisa de ser tudo seu e de ter do bom e do melhor é um fato - quando os pais não são cri-cris demais - mas o que eu quero dizer aqui é que se você quer uma coisa, não vai ouvir seus pais dizendo "mas e seu irmão". Não tenho irmão, não sei como funciona, mas acredito que prive o filho de muita coisa - sendo mais velho ou novo - alguém sempre se lasca e fica sem o que quer.
Ser independente é uma coisa que sempre pensei que seria, só por ser filho único. Independente do tipo que sai sozinho para vários lugares, faz amizade com facilidade com qualquer pessoa, nem é verdade isso - pelo menos no meu caso. Percebo que sou mais dependente de outras pessoas do que imagino que eu realmente seja. Não gosto de ir em lugares sozinhos, não gosto de ter que fazer as coisas sozinho e quando me vejo em situações desse tipo, não consigo curtir o meu momento e realizo as proezas da maneira mais rápida que eu conseguir só pra ter algo pra fazer com outra pessoa junto. Se devo culpar alguém por ser assim? Provavelmente deveria, mas não vou culpar ninguém além de mim.
Meu plano é tomar vergonha na cara e parar de frescura desse nível. Um ser humano que nasceu no dia da independência do Brasil (7 de Setembro) com esse tipo de sentimento, não dá certo. Plano de ação: aprender a fazer as coisas sem pedir ajuda, sei que pessoas gostam de ajudar - prefiro ajudar do que pedir ajuda - mas está na hora de alguém crescer, por mais que eu esteja amarrado a coisas e a uma personalidade nada adulta, enfim, tenho que parar de acelerar o tempo quando estou sozinho, tenho que aprender a curtir "junto ou acompanhado", somente.
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