Sem Título. Capítulo Um. Parte 2 de 4
Patricia aproximou-se de Fred
acariciando seu rosto e o beijou, estava com saudade do beijo dele, do calor de
seu corpo. Fred respondeu o beijo puxando-a contra seu corpo e deitando-a no
balcão da cozinha. Enquanto se amavam Fred pensava em pedi-la em namoro
novamente, mas tinha medo de ganhar outro “não”, gostava das brincadeiras entre
eles e não queria perder isso por causa de um compromisso.
Era noite de véspera de natal e Frederico estava vestido de papai Noel, apressou-se em chegar até a casa dela, a roupa estava o fazendo suar, ele estava nervoso, mas iria fazer o que pretendia. Apertou o botão para abrir o portão da garagem da kitchenette onde ela morava e estacionou esperando que ela não saísse para ver quem havia chegado. Desceu do carro com um imenso pacote em mãos, embrulhado em um papel verde com renas e um laço vermelho. Subiu as escadas até o quarto de Patricia e apertou a campainha. Alguns segundos depois ela abriu a porta, estava com uma camisola vermelha, suas unhas pintadas de verde e duas taças de vinho em mãos – achei que você não viria Fred. Fred, que gostoso que você está de papai Noel – ele entrou e lhe entregou o pacote – feliz natal Pat. Espero que eu não tenha errado – ela desembrulhou o pacote apressada e rasgou o papel, curiosa – OH, FRED – seus olhos estavam brilhando, era o que ela queria. Ela pulou em seus braços e o empurrou até a cama que piscava com a claridade que as luzes da arvore de natal lançava. Rolaram na cama juntos, a barba do papai Noel voou para longe, assim como suas calças e a camisola de Patricia. Depois de muito brincarem, Fred rolou pra cima dela, segurando em seu pescoço – eu quero que você seja minha namorada Pat, o que você me diz? – ela ficou pálida por poucos segundos, olhou para os lados, não tinha para onde fugir, ele estava ali em cima dela, nu e lindo com seus olhos azuis que tanto lhe agradavam – Fred, eu... Eu não posso – ele saiu de cima dela – por que não? – ela tentou sorrir, não conseguiu – vamos continuar do jeito que estamos tudo bem? Não é tão mau assim – ele ficou quieto, pensativo e levantou-se para ir pra casa – aonde você vai Fred? Não vai ficar o natal comigo? – ele estava sério, parecia bravo aos olhos dela – seus pais estão vindo passar o natal com você, você não vai precisar de mim – ela sentou-se na cama, acompanhando ele sair com os olhos – obrigada por me avisar, droga – ele parou na porta antes de sair – eles queria te fazer uma surpresa... Nos vemos no trabalho. Feliz natal – ele disse em um tom seco e fechou a porta sem bater.
Depois que saíram do banho, foram
finalmente almoçar. Comeram strogonoff que Fred preparou, ele gostava de
cozinhar, mas seu cardápio se resumia em poucas comidas, não fazia nada
sofisticado e não tinha interesse em aprender mais do que sabia – esse negócio
está muito bom, acho que eu comeria essa panela toda – ele riu enfiando um pedaço
de frango na boca – fique a vontade – a televisão estava ligada no noticiário,
a garota do tempo era loira e sempre usava decotes ousados, Fred gostava de
vê-la todos os dias e sabia a previsão do tempo de cidades que ele nem sabia
que existia – olha só, vai cair gelo aqui – Fred voltou-se para Patricia – sim,
a Nicole disse que semana que vem, mas nada certo ainda depende do vento –
Patricia levantou-se, retirando os pratos para coloca-los na lavadora – quem é
Nicole? – ele estava indo ao banheiro, escovar os dentes – a garota do tempo –
Patricia gargalhou, ficou admirada com seu interesse na previsão do tempo e
ainda estava preocupada com seu interesse em ajudar o pedinte, mas não comentou
nada sobre isso.
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