Dicas para um bom artigo

Um professor confessou que a partir do segundo bimestre irá desenvolver um trabalho, teremos que escrever um artigo em grupo sobre um determinado tema e anotei no meu bloco de "pra pesquisar em casa" para eu dar uma olhadinha antes de o artigo ser realmente escrito e pra conseguir alguns conselhos de quem já faz isso por anos, décadas, séculos (séculos não, né?). Coloquei somente os pontos principais, mas no fim do post tem a fonte e tudo completo lá, deem uma lida depois, há conselhos bons do autor, vamos aos pontos que Stephen Kanitz apresenta em primeira pessoa:


  • Eu sempre escrevo tendo uma nítida imagem da pessoa para quem eu estou escrevendo. Na maioria dos meus artigos, por exemplo, eu normalmente imagino alguém com 16 anos de idade ou um pai de família. O mundo está emburrecendo porque a TV em massa e os grandes jornais não conseguem mais explicar quase nada, justamente porque escrevem para todo mundo a mesmo tempo. Os poucos que entendem não saem plenamente ou suficientemente convencidos para mudar alguma coisa.
  • Não o faça pela erudição, que é sempre conhecimento de segunda mão. Escreva as suas experiências únicas, as suas pesquisas bem sucedidas, ou os erros que já cometeu. Tendo uma nítida imagem para quem você está escrevendo, ajuda a manter o bom senso e a humildade. Querer se exibir nem fica bem.
  • Reescrevo cada artigo, em média, 40 vezes. Releio 40 vezes, seria a frase mais correta porque na maioria das vezes só mudo uma ou outra palavra, troco a ordem de um parágrafo ou elimino uma frase, processo que leva praticamente um mês. 
  • Isto leva à regra mais importante de todas: você normalmente quer convencer alguém que tem uma convicção contrária à sua. Se você quer mudar o mundo você terá que começar convencendo os conservadores a mudar.
  • Cada idéia tem de ser repetida duas ou mais vezes. Na primeira vez você explica de um jeito, na segunda você explica de outro. Muitas vezes, eu tento encaixar ainda uma terceira versão.
  • Se você quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é deixá-lo chegar à conclusão sozinho, em vez de você impor a sua. Se ele chegar à mesma conclusão, você terá um aliado. Se você apresentar a sua conclusão, terá um desconfiado.
  • O sétimo truque não é meu, aprendi num curso de redação. O professor exigia que escrevêssemos um texto de quatro páginas. Feita a tarefa, pedia que tudo fosse reescrito em duas páginas sem perder conteúdo. Parecia impossível, mas normalmente conseguíamos. Têm frases mais curtas, têm formas mais econômicas, tem muita lingüiça para retirar.

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