Ultimamente estou lendo livros e vendo alguns filmes sem me importar com a história. Quero descobrir e ser surpreendido culturalmente. Claro que alguns filmes eu não resisto e acabo vendo trailer, sabendo da história por alguém e tudo o mais, mas quando se trata de uma surpresa que eu mesmo preparo, é mais divertido. Não gosto de surpresas de humanos, que fique claro.
Quanto a "Valente"... Temos a história da mãe, rainha, que tem três garotos pequenos diabretes e sua primeira filha, uma garota de espírito aventureiro. A mãe vive cada dia para sua garota lhe ensinando sobre o reino, sobre como se portar uma princesa, como se vestir, como comer, como se sentar e todos os frú-frús que uma princesa deve "saber" e que nem sempre é útil quando se trata de guerra. Mas essa garota de cabelos ruivos e volumosos é diferente. Se interessa por esportes e pelo mundo e não pelo amor e pelo casamento. Chega um momento em que outros reinos virão se apresentar para oferecer seus primogênitos a noivo e ela se enfurece sua mãe ao se auto candidatar a sua mão e ainda ganhar a prova de arco e flecha que ela propôs ("arco e flecha, arco e flecha"). Uma vez na floresta ela segue essas 'coisas azuis mágicas' (ver foto) até a casa de uma bruxa (fã de ursos) e pede um feitiço que mude o seu destino e ela tem seu destino mudado ao ter sua mãe transformada em urso após comer um doce que a bruxa lhe prepara. Seus irmãos também comem o doce, mais tarde e viram ursinhos fofos, mas não precisam de nenhum desafio para voltar ao normal... Estranho?
Uma vez urso, a mãe e a filha saem juntas em busca da velha e não a encontram. Temos apenas dois dias para "unir o elo desfeito", que para nós, fica claro que é entre mãe e filha (pra mim ficou claríssimo), mas elas não conseguem identificar que elo é esse, a mãe muito menos, por estar em forma de urso, que além de linda, também me fez tê-la como personagem favorita desse filme. A ursa mais elegante e divertida que já encontrei. Confesso que ri durante toda a cena em que, após a chuva, na manhã seguinte a mãe urso tenta preparar um café da manhã para elas com o que ela encontra na floresta até o momento em que ela come o peixe cru, deixando seu lado obscuro e selvagem tomar conta por alguns segundos. Foi divertidíssimo. O filme fala sobre relacionamentos entre mãe e filha, sobre não escutarem umas as outras e a importância de uma mãe e uma filha conhecerem o "mundo" da outra. De se colocarem no lugar. Serve para qualquer situação de empatia como um bom exemplo de se entender com o outro, no modo geral. É emocionante e divertido, por mais que eu tenha ignorado toda a traminha do pai com o urso que come sua perna esquerda (acho que era esquerda). Enfim, o filme é bom e lindo.
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