Primeiras Impressões: O Inferno de Gabriel

O Inferno de Gabriel (Sylvain Reynard)
Eu estava um pouco ansioso por este livro por ser de sacanagem, assim que o tive em minhas mãos me segurei o máximo para não remover o plástico de proteção e lê-lo, mas acabei fazendo isso no dia seguinte: hoje. Mal acordei, tomei banho, liguei a chaleira para ferver a água do café e já desembalei. Li a sinopse nas costas do livro, as duas orelhas e fui folheando-o com todo o cuidado que um livro novo deve ter. Não consegui passar do primeiro capítulo, por mais que tenha menos de duas páginas, mas li e fiquei encantado. Talvez por estar ansiando pelo livro ou por estar sem ler por lazer por algum tempo - parece uma droga que se eu ficar muito tempo sem surgem algumas loucuras - só que li ele com mais calma quando cheguei na faculdade. Fui mais cedo do que de costume e cheguei faltando pouco mais de trinta minutos para o inicio da aula e foi então que comecei conhecendo o personagem um pouco mais, mais do que eu já havia lido sobre ele na sinopse e até que tinha me esquecido da garota no desenrolar da história e mesmo ela estando presente na sala de aula bem no inicio do livro, eu havia esquecido de sua existência. Eu queria conhecer o tão malvado Sr. Gabriel e tentar encontrar semelhanças entre mim e ele. Sempre encontro um personagem que tem alguma semelhança comigo. Quem nunca fez isso?

É um pouco difícil lê-lo sem assimilar co "50 Tons de Cinza" (que por sinal, já li). Eu consigo ver a semelhança entre as garotas, a semelhança entre os homens e isso incomoda a mim mesmo durante a leitura a ponto de me pegar em risos algumas vezes, se tratando de um assunto sério. Funciona dessa forma, até agora: a garota queria ir para Harvard, mas não conseguiu. Acabou parando na universidade onde está, em busca de sua pós graduação e já conhecia esse sedutor de olhos safira de outros tempos, de tempos onde era mais garota do que é agora. Consegui enxergar muito de Anastasia, só que uma versão mais poderosa. Se ela era atrapalhada, Julia é muito mais. Se Ana tinha uma situação financeira menos desprovida do que a de Christian, Julia é muito mais. E lá vamos nós em direção ao Gabe-Gabriel: olhos azuis, corpo bonito, mas nunca dito como atlético (pelo menos até a página trinta e seis) e rude, não apenas rude, mas um "babaca" como diz o amigo Paul. A preocupação com a comida se dá quando ele a leva até em casa, descobre as condições em que ela vive e leva-a para comer carne, já que não comia carne a alguns dias (a garota vive de legumes e verduras). Ele humilha ela sem pensar duas vezes, sem fazer de propósito, mas aos poucos percebe como a trata depois de conhecê-la e lentamente a desejá-la, assim como ela também o faz ao olhar para os poucos pelos que lhe escapam próximo ao colarinho da camisa aberta.

Me colocando como personagem estou em fase de observação, captação de detalhes e conhecimento breve e desnecessário de quem minha acompanhante. Consigo notar detalhes e me pegar corando ao direcionar meu olha,r para alguma curva ou detalhes corporal, discretamente, mas não é uma relação permitida profissionalmente - professor e aluna - e talvez eu não deva continuar com isso, é, não vou continuar. Cada uma segue sua vida depois desse jantar, voltando ao tratamento inicial: aluna e professor. Não será assim para sempre e eu vou estar ali, lendo, para saber que bicho picou esses dois e como picou. Particularmente, é um livro com uma leitura agradável e, espero, erótica. Não vou dar nenhuma nota devido a minha ansiedade pelo livro, mas eu o indicaria, caso alguém perguntasse se é bom. Curtam uma coisa quente (foto) para combinar com meu pensamento sobre o livro - também combinando com a capa fogosa.

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