Bates Motel

Não assisti e nem sei nada sobre o filme "Psicose" e posso informar que a série está tratando de ser bondosa comigo. Não estava muito ansioso, mas assim que li rumores sobre o segundo episódio corri para baixar o primeiro. Dito e feito, o assisti sem pausar nem para ir no banheiro (fui antes) e adorei tudo. Tudo mesmo. A começar pelos atores. O garotinho que ganhou, no passado, um bilhete para uma visita à fabrica de chocolate Willy Wonka cresceu e está estranhamente bem no papel que lhe foi dado como filho obediente. A mulher, mãe louca que já passara por tantos apuros com uma filha de nome Ester, incorporou uma mãe super protetora capaz de tudo para viver em paz com seu filho.

Norma (Vera Farmiga) e Norman (Freddie Highmore) compraram o hotel e o batizaram de Bates Motel. Depois de muito se mudarem, após a morte do pai seis meses antes, parecem que estão dispostos a se estabelecer na cidade, mas algumas coisas fogem do seu controle quando o antigo dono aparece para gritar sobre o valor pessoal que a propriedade tinha para ele. Norman faz amizade assim que vai para a escola, com garotas apimentadas que aparecem de noite para leva-lo a uma festa com o pretexto de irem à biblioteca estudar. Norman vai a tal festa e quando volta encontra sua mãe sendo estuprada pelo antigo dono da propriedade e em um momento de descuido Norma o mata com oito facadas deixando o filho espantado. Escondem o corpo e depois se livram dele para evitar que as más línguas da cidade comentem sobre um crime que acontecera no Hotel, o que acabaria com a reputação dele antes de ser oficialmente inaugurado. 

Um problema que ficou evidente que iremos enfrentar, além da luta pessoal do garoto dentro desse drama horror com sua mãe, é o viaduto que será construído longe dali, distanciando turistas de saber da existência do Hotel, mas Norma está disposta a enfrentar esse desafio. E olha que nem comentei sobre a garota que apareceu no final, recebendo uma dose de alguma droga (nem sei se era droga), foi bem misterioso. Algo que me incomodou durante todo o episódio foi esse sentimento que passa de mãe para filho. Não parecem que são apenas mãe e filho, parecem que são um casal de amantes. Incesto? Talvez. Senti que a mãe abraça o filho como um homem e não com um carinho de mãe; e que as palavras de amor que eram para ser acolhedoras do filho para a mãe não soam o que deveriam, soa algo mais. Vou assistir o filme para entender um pouco mais antes que a trama de deixe mais psicótico do que já fiquei com essa relação estranha. Caso os personagens tenham algo, estão passando muito bem a energia que deviam. Caso não, melhor a produção ver isso, pois sinto um clima estranho ali. Super indico.

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