O livro Bíblia

Eu ainda não descobri se acredito em Deus ou não. Não oro para dormir, as vezes oro para agradecer por algum fenômeno natural, mas oro do jeito não convencional - pois acredito que Deus gosta de conversar ao invés de ouvir o lenga-lenga de sempre - e há momentos tensos em que peço por alguma habilidade eu não tenho em grande escala telecinese, como calma. Posso dizer que acredito em Deus - decidi isso agora - mas não gosto dessas coisas todas que a s religiões criam como não pode fazer nada no sábado, tem que rezar desse jeito, não pode fazer aquilo outro e por aí vai. Sou contra isso, mas respeito a cultura que cada religião tem sem problema algum.

Comecei a ler a bíblia algum tempo atrás - acho que eu tinha doze ou treze anos - e consegui chegar na metade de Êxodo, o segundo livro da Bíblia Católica se não me engano, em busca de compreender melhor o que Deus queria e todos seus ideias de mundo, mas principalmente pelas histórias que compõem este livro imenso. Desde a criação do universo e do homem, há relatos contando como foi, talvez não mesmas palavras com que estamos acostumados a ler um livro recentemente publicado, mas com muitos trechos ricos de significados para lhe fazer refletir uma, duas ou até mais de três vezes a cada novo versículo lido. Com essa meta em mente me deparei com histórias como a de Adão e Eva, Caim e Abel, Arca de Noé, Moisés e muitas outras com as quais estamos tão acostumados a ouvir. 


Um personagem que sempre estou citando aos amigos que gostam de andar mais a frente do grupo é Moisés. Há um filme com sua história de que foi criado como irmão de um herdeiro do trono do faraó e acaba libertando os escravos para levá-los a Terra Prometida, mas é um filme de animação. Filmes de Deus sempre foram feitos, mas não com a tecnologia que temos hoje. Os filmes antigos têm péssima qualidade e menos efeitos - o que gera uma melhor atuação dos atores - que podem deixar todo o processos bíblico parecer bobo. Com Moisés não foi diferente. O filme Príncipe do Egito relata a história desse personagem, mas não podemos ter acesso a toda a emoção que os efeitos podem causar e não é só pela mensagem que a história passa que gosto de Moisés ou das histórias da Bíblia, mas sim pela grandiosidade dos atos que nela existem.

Há um trecho - muitos conhecem - em que Moisés, sendo perseguido pelo faraó herdeiro, se encontra as margens de um mar/rio/sei lá e a solução que Deus lhe dá para atravessar e tocar o cajado na água para que as águas abram para o povo hebreu passar. E assim o faz. Ao bater o cajado na água o mar se divide a sua frente, represando os grandes peixes e liberando caminho entre as águas para seu povo liberto passar. Isso não pode ser visto com apenas um "ah, legal, o carinha abriu o mar", mas sim com um "MANO, O CARA ABRIU O MAR! NOOOSSA". Pude ver esse efeito bem representado, da maneira "foda" que sempre citei ser ao falar sobre o assunto, em uma minissérie de nome The Bible. Vi apenas a introdução e entre as muitas histórias que "formaram a sociedade" Moisés estava lá batendo o cajado no chão e abrindo o mar.

É mais fácil se surpreender com monstros que têm garras entre os dedos, voam, se teletransportam do que com um pequeno fato bíblico realizado por um cara que veste saia. O mundo muda e as formas de impressioná-lo devem ser outras, mas posso afirmar que encontrei um efeito que represente com qualidade o que Moisés fez lá para os hebreus verem. Moisés é só um exemplo de história da Bíblia com efeitos tri-loucos que me impressionam ao imaginar o fato.

Agora já estou ciente de que não acredito em Deus, mas sim em uma força maior que deu o toque inicial no átomo que explodiu formando o Big Bang, caso interesse. Não quero expor se acredito ou não nas histórias que a Bíblia traz, mas deixar um não tão breve comentário sobre o tamanho da proporção que essas histórias têm em minha imaginação a ponto de me fazer ficar impressionado com o que leio e querer falar sobre isso a alguém - nem todos falam sobre histórias da Bíblia, mas com quem já conversei deixei claro o tamanho do poder que deve ter sido abrir o mar. Num comentário que pode me fazer arrepender depois digo que The Bible vai ser ótima de se assistir.

Comentários